11/04/11

Revólta-te! [11-4-2011]

Começamos umha nova andaina. Todas as semanas faremos umha postagem com um pequeno editorial e os melhores enlaces semanais postados do blogue Á revolta entre a mocidade, onde se recolhe informaçom crítica e analítica sobre diversos temas de atualidade desde umha visom de esquerdas que procura que o leitor poda construir o seu próprio conhecimento.


Um destes temas de inequívoca atualidade é a Lei de Augas impulsada pola brigada de demoliçom e limpeza étnica instalada em Sam Caetano, a Junta da Galiza encabeçada polo "Habichuela". Precisamente vimos de celebrar o dia internacional da auga e Eduardo Galeano dedicou o honoris causa recebido a todos os militantes da auga, também os galegos estamos nessa militáncia.



De raivosa atualidade está também a guerra de Líbia. Muitos som os artigos que temos publicado sobre o conflito, de análise e opiniom. Nesta semana salientamos um de Ignácio Ramonet "Líbia, o justo e o injusto", umha entrevista a Noam Chomsky sobre Líbia, "Eses farsantes xenocidas" de Xosé Manuel Beiras e o último do teórico do sistema-mundo Immanuel Wallerstein.



Nom convem tampouco perder de vista o mundo do trabalho. Que melhor que resgatarmos o artigo de Barbara Ehenreich publicado em Sin Permiso Carta Maior para lembrar-nos até onde chega a ferocidade do modelo substituto do velfarismo: o shanganismo - ou noutras nomenclaturas o passo do fordismo para o toyotismo -. Nos EUA do "pensamento sequestrado", como diria Susan George, a Walmart sancionou o passo para um novo modelo empresarial para ianquilándia bem diferente do "clássico" da General Motors. Como indica Arrighi a Wal-Mart é um líder empresarial porque, parafreseando a Marx, converte em "mostruos deformes" mercadorias prescindíveis os seus trabalhadores. 



Na onda deste sombrio panorama, um dos editores do blogue Á revolta publicava dous artigos sobre o cada vez mais palpável, em sua opiniom, darwinismo social militarizado, ou, por outras palavras, umha leitura atualizada do panorama que já introduzia Carl Amery no seu dia. O darwinismo soical militarizado ou a sociedade da quinta parte bem pode ser a estratégia do poder perante a crise ecológica e sistémica que atravesa o planeta.



Didático, incesivo e imprescindível resulta o artigo dum dos maiores expertos mundiais em políticas públicas, Vicenç Navarro. Com traduçom do nosso companheiro Vicente Veiga, "O que nom se di do susposto 'milagre alemám' " é um desses artigos que nom deixara indiferente a ninguém. Pola sua banda, Boaventura de Sousa Santos agasalha-nos com "Incoformismo e criatividade", um bom artigo onde começa a pesquisa de alternativas claras perante a ofensiva do FMI e a bancocracia, "o fascismo financeiro" em palavras do autor, contra Portugal.



Contundente e explícito também é o artigo de Robert Reich intitulado "Por que os EUA devem aumentar a taxação dos ricos". Serva de mostra esta sinopse:


Numa análise recente o total do volume de negócios entre os bancos de Wall Street e as firmas de seguros bateu recorde em 2010 – 135 bilhões de dólares, um crescimento de 5,7% sobre o valor negociado em 2009. Ainda assim a taxação sobre os mais ricos despencou. De 1940 a 1980, o percentual de contribuição do imposto de renda dos mais rico era de no mínimo 70%. Nos anos 50, era de 91%. Hoje, é de 35%.

Aliás, no eido do audiovisual incorporamos umha curtametragem do prestigioso cineasta Ken Loach e também umha resenha do celebrado documentário Inside Job!, sobre a queda da Goldman Sachs e a AIG. Quanto a livros, incorporamos umha entrevista a Stéphane Hessel autor do opósculo Indignai-vos!.

Finalizamos com um artigo que nos enviava um leitor do nosso blogue Á revolta. Trata-se dum artigo aparecido em Galiza Livre em que se debruçam sobre a necessidade, a possibilidade e a análise dum "movimento à rasca" - como o que se deu em Portugal - na Galiza. 



Boa semana irmás e irmaos e ainda melhor leitura.




- Óscar de Lis: "A guerra da auga".



- Ignácio Ramonet: "Líbia, o justo e o injusto".


- Avram Noam Chomsky: entrevista sobre Líbia.



- Xosé Manuel Beiras: "Eses farsantes xenocidas".




- Immanuel Wallerstein: "A grande manobra diversionista na Líbia".




- Barbara Ehenreich "Mulheres trabalhadoras contra a Walmart"




- Antom Fente Parada: "O darwinismo social militarizado"








- Boaventura de Sousa Santos: "Inconformismo e criatividade".








- Ken Loach: "11 de setembro".

Sem comentários:

Enviar um comentário