18/04/11

Revólta-te! [18-4-2011]

Qué é o roubo dum banco em comparança com fundar um?
Bertolt Brecht


Abrimos a semana com umha citaçom do célbre poeta da extinta RDA Bertolt Brecht e entre diversas sacudidas a nível internacional e galego que nom fam mais do que piorar a situaçom do sistema-mundo capitalista atual.


O sociólogo e político Jean Ziegler, hoje vice-presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU, calcula que “dos 905 bilhões de ativos estrangeiros na Suíça, 280 bilhões vêm dos países da Ásia, América Latina e África. Em cerca de 90% dos casos, trata-se de dinheiro roubado dos povos mais pobres do planeta”. Começamos a semana resgatando um artigo onde se demonstra que para a banca dam o mesmo odor as notas da classe trabalhadora do que as de Khadaffi, Duvalisem ou qualquer outro tirano. James Petras também retrata os super-ricos aos que a crise longe de afetar-lhes colocou-nos numha posiçom imelhorável e acentuando umhas desigualdades entre ricos e pobres maiores do que em qualquer outro período:


As operações de salvamento de bancos, especuladores e industriais cumpriram o seu verdadeiro objectivo: os milionários passaram a multimilionários e estes ficaram ainda mais ricos. Segundo o relatório anual da revista de negócios Forbes, há 1210 indivíduos – e em muitos casos clãs familiares – com um valor líquido de mil milhões de dólares (ou mais). O seu patrimônio líquido total é de 4,5 milhões de milhões de dólares, maior do que o valor total de 4 mil milhões de pessoas em todo o mundo. A actual concentração de riqueza ultrapassa qualquer período anterior da história.

De milheiros de milhons fala também o artigo de Michael Hudson. Repasa a situaçom desastrosa que Almunia impuxo a Letónia e os resultados nefastos do FMI sobre os povos. Logo a Grécia, Irlanda e agora Portugal. Islándia tombou o referendo e a chantagem da UE e a bancocracia. Nesta direçom aponta igualmente um artigo dum dos gestores deste blogue, Antom Fente, - "O resgate de Portugal: um "botín" para a bancocracia espanhola" - onde se cifra a exposiçom total da banca espanhola em 70.000 milhons de euros. Este fascismo financeiro internacional foi denunciado por Xosé Manuel Beiras também neste semana no marco dumha palestra perante centenas de moças e moços universitários da USC, à vez que atacava os seus parceiros locais, "terroristas" chamou-lhes, como Rouco Varela, Fernández Ordóñez, Rubalcaba e Rajoy (aqui e aqui). Desse fascismo financeiro e das suas terríveis conseqüências fala também Stiglitz comparando Fukushima com o casino mundial em que aposta a bancocracia, sem ter em conta os limites ecológicos do planeta.

A guerra de Líbia segue gerando atualidade. Xoán Hermida, desde um ponto de vista nada compracente e crítico para boa parte da esquerda, escudrinha as diversas opinions e artigos que se tenhem verquido na esquerda mundial e galega sobre a intervençom imperialista e sobre as revoltas do mundo árabe. Nesse original percurso recolhese um texto de Tariq Ali que literaturiza, nom sem retranca, a marcha do poder de Khadaffi. Pareceu-nos atinado recuperarmo-lo esta semana.

Já na Galiza continuamos com o nosso particular PPleaks. Desta volta focamos o fracasso absoluto do Xacobeo, que para o PP ia ser -seica- a chave para tirar a Galiza da recesom. A Rede Feminista Galega analisa aqui a Lei de família aprovada polo PP e Paula Verao pom-no aqui em relaçom com as conquistas das mulheres em Tunísia. Antom Fente fala sobre o roubo na educaçom, Raúl Asegurado segue a indagar sobre a cidadania (aqui) e Beiras sobre Brañas e a crise, mentras Xavier Vence analisa aqui a situaçom na Telefonica, cunha introduçom nossa:

Telefónica, despois de acordar un recorte de plantilla que afectará a 5.600 traballadores e traballadoras (o 20% do total da empresa), vén de anunciar que proporá á Xunta de Accionistas incentivos millonarios para os seus cargos directivos. As ganancias de Telefónica no ano 2010 superaron os 10.000 millóns de euros. As contradicións do capitalismo fanse evidentes mesmo nos propios medios de comunicación do sistema. Nas rúas, a maioría da xente xa ten clara unha evidencia: camiñamos cara un mundo onde cada vez menos xente concentra maiores riquezas mentras masas de poboación son condenadas á miseria; a crise serviu de escusa para o aumento dos beneficios dos súper-ricos do mundo.

Boa semana irmaos e irmas e ainda melhor leitura e reflexom!

- Eduardo Febbro: "O circuito de bancos que lava o dinheiro de ditadores".


- James Petras: "Os super-ricos do mundo".




- Michael Hudson: "Nin verdes, nin liberais, nin socialdemócratas puideron co pobo: Islandia di outra volta non ao suicidio financeiro ao que a conminaba a UE".


- Antom Fente Parada: "O resgate de Portugal: um "botín" para a bancocracia espanhola".


- Joseph Stiglitz: "Xogar co planeta".



- Xoán Hermida: "Notas críticas sobre a esquerda e Libia (recunquemos logo!)".


- Tariq Ali: "Gadafi despídese de todos vostedes".







- Paula Verao: "A lección das mulleres tunecinas para a Galiza de Habichuela I".


- Antom Fente: "O roubo na educaçom".


- Raúl Asegurado: "Indagacións sobre a cidadanía VI: participación política (II)".


- Xosé Manuel Beiras: "Brañas e a crise que non cesa (II)".


- Xavier Vence: "Telefónica e o neoliberalismo".





Sem comentários:

Enviar um comentário